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sábado, 18 de junho de 2016

PEGADAS

 Alberto Afonso Landa Camargo

Pegadas no chão molhado do sereno,
Pegadas redivivas que depois sumiram
No ar úmido do dia que chegou...

Pegadas hoje dispersas e sem direção
Fizeram-se gotas evaporadas no ar...
Caíram no rosto confundindo-se
Com as lágrimas por onde
Os olhos viram a imagem que ficou
Acenando... espera impaciente
De uma volta que não houve...

Pés cansados de tanto andar,
Saudade que deixou pegadas
Perdidas no tempo...

sábado, 11 de junho de 2016

MÃOS


Alberto Afonso Landa Camargo


Mãos, sensíveis mãos

Seguram a batuta

Que conduz a orquestra...

Mãos que não vi,

Mãos regentes que habitam

Meus sonhos...

Maestro de divinos poemas

Perdidos, esquecidos

No tempo...

Suaves mãos abandonaram

A pena inerte...

domingo, 5 de junho de 2016

SOLIDÃO


Alberto Afonso Landa Camargo


Meu silêncio, introspecção

Que se faz verso, poesia minha

Presa no meu eu recluso...

Passa pelo sonho que também

Se faz poesia, versos dispersos

Sem alma descoberta...

Palavras soltas, perdidas

Na amplidão do tempo,

Poeira esvoaçante dilacerada

No ar das incompreensões...

Meu silêncio continua silêncio,

Grito encarcerado em versos

Que a alma escondeu...