Alberto Afonso Landa Camargo
Sufoquei-me
com as palavras
E calei os meus versos...
Perdi-me em
tantas divagações
Que não vi o
mundo à minha volta...
Quando se desprenderam
as palavras
Ficaram
soltas e sem rumo
Incapazes de
se encontrar...
Gritei por
elas, chamei-as, insistente
Até peguei
algumas, prendi-as...
Mas os versos
continuaram silentes,
Retidos na
alma, incapazes de dizer
Tanta coisa
marcada no tempo...
Sem
alternativas,
Voltei a calar meus versos
No silêncio
de cada palavra...
Os versos podem permanecer silentes, por um tempo, até que em certo momento explodem como flores, na estação primaveril.
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