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Poemas de amor, de saudade, dores, alegrias... vidas que se cruzam ou se afastam... mãos que se entrelaçam, mãos que acenam... partida... adeus... reencontro...
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sábado, 24 de novembro de 2012
domingo, 11 de novembro de 2012
TEUS CABELOS
Alberto Afonso landa Camargo
Negros, caindo
até
Acariciar-te os
ombros...
revoltos, como
um mar febril
em ondas
perdidas...
esguios e lisos,
nas minhas mãos
presos nos meus
sonhos...
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
CANTIGA DOS OLHOS
Alberto Afonso Landa
Camargo
Ao encontro dos teus
olhos claros como o dia
Seguem os meus onde
pousou a noite
Que não sai dos meus
sonhos...
Encontram-se... e no
lusco-fusco da tarde outonal
Têm a visão do
paraíso...
terça-feira, 9 de outubro de 2012
A LOS DOS
Alberto afonso landa camargo
Si no estuvieras
conmigo
estarían vacíos
mis dias...
Si me encanta El
recuerdo
De tus ojos
ES porque estás
a mi lado
Compartiendo cada
momento...
sábado, 25 de agosto de 2012
TRINDADE
Alberto Afonso Landa
Camargo
Distância...
Olhos marcados pela lágrima
nascida
Que desce pela face sulcando
o rosto
Como a reprisar a estrada
perdida
E sem fim que marca o
tempo...
Longe
e perto...
Reflexões filosóficas,
abstrações da alma
Que não se fazem concretas
Mas distraem o coração
abstraído
Afastando e aproximando
mãos...
saudade...
Para quem não importam
distâncias
Nem tempos perdidos nos
sonhos
E diz das marcas abertas
Pelas lembranças, risos,
prantos...
domingo, 15 de julho de 2012
QUADRO
Alberto Afonso Landa Camargo
Pintei teus
olhos para conhecer tua alma,
Deslizei o
pincel nas curvas da saudade...
Desvendei teu
corpo na tela e as cores
Da tua alma
incendiaram minhas mãos...
Tremeram meus
lábios e continuei mudo,
Engoli as
palavras que teimaram em não sair...
E a tua alma era
a minha mesma que esperava
O sopro da vida
para caminharmos juntos...
Saímos... voltei
os meus para ver os olhos frios
Que ficaram
perdidos na tela esmaecida...
E seguimos
juntos... teus olhos nos meus
Descobrindo os
caminhos...
domingo, 8 de julho de 2012
IGREJA DA MATRIZ
Alberto Afonso
Landa Camargo
Passa pela
lembrança da infância
E nos meus
sonhos de adolescente
A Igreja da
Matriz que a insensatez
Um dia
destruiu...
O culto de Deus
e dos santos
Cedeu ao culto
da modernidade
Sepultado nas
ruínas das paredes
Que guardavam a
história...
Sepultou-se um
patrimônio
Sob o alicerce
da vaidade
Perdeu-se no
tempo o toque do sino
Na Hora do
Angelus, memória inapagada
Das tardes
mornas de outono
Que desce pelo
rosto nas lágrimas
Que choro nesta
angústia
Que é poeira
misturada
Na imagem que é
só saudade...
Alberto Afonso
Landa Camargo
Passa pela
lembrança da infância
E nos meus
sonhos de adolescente
A Igreja da
Matriz que a insensatez
Um dia
destruiu...
O culto de Deus
e dos santos
Cedeu ao culto
da modernidade
Sepultado nas
ruínas das paredes
Que guardavam a
história...
Sepultou-se um
patrimônio
Sob o alicerce
da vaidade
Perdeu-se no
tempo o toque do sino
Na Hora do
Angelus, memória inapagada
Das tardes
mornas de outono
Que desce pelo
rosto nas lágrimas
Que choro nesta
angústia
Que é poeira
misturada
Na imagem que é
só saudade...
sábado, 30 de junho de 2012
A CURVA DO CAMINHO
Alberto Afonso landa
Camargo
Os lábios dela, tão belos, tão
finos,
Tão suaves no seu lento balbuciar
Das palavras, carinhos, ternos
mimos
COMO preciosas pedras... soluçar...
No leito ardente ONDE TAMBÉM
CAÍMOS,
Por onde sôfregos a deslizar
Tínhamos a prece Do amor e vimos
Um tudo dizer sem nada falar...
O tempo passou sem vivermos tudo,
Não enxergávamos a dobra
amena
Que ao longe esconde o resto do
caminho...
E ela saiu cedo e o fadário mudo
Soltou-nos tristes a vagar
sozinhos
Na última curva de uma estrada
extrema...
terça-feira, 5 de junho de 2012
SAUDADES
Alberto Afonso Landa Camargo
Confiei minhas saudades
ao tempo
E ele as
devolveu para mim...
Entranharam-se de tal maneira
Que não me
desfaço delas
Ainda que
queira...
E o tempo
indiferente
Branqueou meus
cabelos,
Sulcou meu rosto
E elas se
amontoam
Nas minhas
recordações...
segunda-feira, 7 de maio de 2012
PIAZITO
Alberto Afonso Landa
Camargo
Piazito de calças
curtas,
Pés no chão, orelhas
sujas,
No entrevero dos
brinquedos
Se juntando à gurizada
Olhava no fundo d’alma
Sem saber do seu
futuro...
E nessa sua alegria
Nas corridas da pantana,
Na procura do esconder,
Nos pingos fortes da
chuva
Da caudalosa corrente
Do seu rio de
sarjeta... ia...
E a corrida de palitos
Que desciam pelas águas
Encalhando muitas vezes
Era tristeza, alegria
No seu rosto de criança,
Nos gritos de - já se
vieram!
Parece estranho,
irônico,
Que a alegria de
criança
Se tenha ficado atrás
Com a pantana, o
esconder,
Quem sabe lá na rua
Sem água com o
palito...
Piazito de calças
curtas,
Pés no chão, orelhas
sujas,
No entrevero dos
brinquedos
Ficou o sonho passado
Na ilusão de quem partiu...
domingo, 15 de abril de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
MIENTRAS ELLA DUERME...
Alberto Afonso Landa
Camargo
Despierta ahora de
tus sueños...
Mientras duermes
escondes
El verde de tus ojos
Y tu cálida mirada se
pierde
En los tiempos y en la
eternidad
De cada momento...
Despierta ahora, listo,
Porque mirarte mientras
duermes
Me trae el tiempo y el anhelo de no tenerte
Conmigo para seguir juntos
Un camino en que no
hay desacuerdos...
Abre tus ojos... mírame...
Porque a mirarte
estoy
Para no perderte... nunca...
sábado, 24 de março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
DESPERTAR
Alberto Afonso Landa Camargo
Foi num sonho que morri sozinho
Perdido na escuridão dos tempos...
Fiquei no silêncio dos caminhos
Sem um rumo certo para seguir...
Ao despertar do sono convulsivo
Senti o ar e o cheiro das flores
Que passavam pela janela
E invadiam meu quarto...
Meus passos soaram pelo ambiente,
Pisei nas folhas na terra caídas
E a rua me mostrou que há vida...
sábado, 11 de fevereiro de 2012
O POETA ESQUECIDO
Alberto Afonso Landa Camargo
O poeta cantava
Seus sonhos dispersos,
Dizia dos seus amores
Vagava pelo infinito
Evaporava sentimentos
Guardava no coração
Cada gota que recolhia
Nas manhãs da esperança...
O poeta envelheceu,
Continuou a colher sentimentos
Embalados pelos sonhos...
Só as mãos trêmulas
Mudaram o rumo da pena
E se transformaram em ondas
No mar ondulante
Das suas dilacerações...
Ah... E as folhas dançando
Pelo rumo incerto
No balanço do tempo
Que ditava o tremor das mãos,
Como elas agora descansam
No outono da minha saudade...
Quanta saudade! Faço estes versos
numa homenagem ao meu querido Vô Alberto.
Como ele, tenho esta mania de rabiscar versos...
Vô! Te amo!...
domingo, 8 de janeiro de 2012
ANIMA MEA
ALBERTO AFONSO LANDA CAMARGO
Teus olhos são poemas,
Faço versos cada vez
Que os tenho diante de mim,
Encantos da própria alma
Que conheci quando os pintei
Pela vez primeira...
olhos que são cores
De um verde-mar distante,
Espelhos de mim mesmo,
Da tua alma que descobri
Ao descrevê-los em cada palavra...
Prisão da minha sensibilidade,
Perpétua a conduzir meus sonhos...
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