Alberto Afonso Landa Camargo
Vou silenciar meus versos,
Varrê-los do planeta
Para não aumentar as frustrações...
A platéia está ali,
O auditório está lotado
Mas as mentes estão ao largo...
Os olhos não fitam o palco
E não mais que três pares de mãos
Batem palmas,
Quem sabe por pena
De quem pensava ser poeta.
Platéia e palco se confundem,
Não mais estarei nas luzes
E enquanto aplaudo os que estarão,
Silenciarei meus versos
Para enfim sepultá-los
Na minha intimidade,
Única leitora das próprias mágoas...
Vou seguir solitário
A dizer da minha alma...