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sábado, 14 de agosto de 2010

A NOIVA MORTA


Alberto Afonso Landa Camargo

Como se a morte lhe realçasse a beleza
Parecia dormir em sua placidez.
Deitada estava em branco a noiva do infortúnio
E em seu sonho eterno a virgem se consumia.

Quem visse o corpo inerte na sua pureza
Teria em toda aquela branca palidez
Não mais que da suprema morte o eterno eflúvio
De quem na vida para o amor viveu um dia.

Era o retrato da alma pura adormecida
No leito, pálida, a irradiar na tarde amena
Raios do poente a esperar a lua amiga.

Era o branco véu cobrindo a face serena
Onde, na transparência, em sua despedida
A boca inerte em beijo mudo adeus acena.

domingo, 1 de agosto de 2010

CANTO DE SAUDADE


Alberto Afonso Landa Camargo

Desfazem-se os dias
Num canto de saudade...
Refazem-se as horas
Na saudade posta...
Canto das horas, canto dos dias,
Tristezas silentes
Que dizem dos versos
Que saem da alma
E se perdem no tempo...