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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

LÁGRIMAS



Alberto Afonso Landa Camargo
 
Se hoje chorasse
como nos meus tempos de menino,
ainda verteriam lágrimas
dos meus olhos vazios de esperanças.
Se me faltam as lágrimas
a irrigar os sulcos do tempo
é porque o menino chorou-as todas
com os sentimentos da criança
que não mais habitam o adulto
na introspecção solitária
que abriga, egoísta,
as lágrimas que não vêm...

sábado, 6 de fevereiro de 2010

SEPARAÇÃO


Alberto Afonso Landa Camargo

Estavas tão perto
Que um passo seria suficiente
Para alcançar-te.

Eras tão minha
Que o toque das nossas mãos
Era inevitável.

Aspirava tanto
O teu suave perfume
Que saber dos teus amores
Já não tinha
Qualquer ressentimento.

O passo foi insuficiente
Porque tinha o abismo...
O toque das mãos
Não foi mais que um sonho.

Ficou o perfume
A dizer-me da solidão...