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sábado, 30 de julho de 2011

POETA


Alberto Afonso Landa Camargo

Ninguém por breve sucumbe
à transitoriedade,
mas eterniza-se na obra
que desnuda o pensamento
e vai além das gerações...
Como o canto de adeus do poeta
não é o partir e o ficar, chama a caminhar juntos
na lembrança qualquer seja o destino
de quem fica e de quem parte.
Não contam as distâncias,
é ele que diz da obra inteira,
aproxima e entrelaça mãos,
revolve cinzas e apaga espaços
no olhar de cada coração...

sábado, 23 de julho de 2011

SOLITUDE



Alberto Afonso Landa Camargo

Sigo-te na distância de um carinho
Que não se completa,
Corro ao teu encontro numa estrada
Que não tem fim...
Sinto-te num sonho distante em que as mãos,
Em não mais que fluídicas ternuras,
Evaporam-se nas névoas de si mesmas
Para se perderem
Num encontro que não vem...

sábado, 16 de julho de 2011

SONHO AO ENTARDECER


Alberto Afonso Landa Camargo

Luzes alvas, brancas nuvens
De amordaçada quimera...
Esvoaçantes brancos véus
Trepidantes de ternura...

Cândidas virgens que passam,
Carícias de amor menino,
Venham cheias de esperança
Nesta calma noite clara...

Lembranças, névoas passadas
Deslizando sobre o orvalho
Brilhante, alvo de saudade...

Romper fremente do ocaso
Num lusco-fusco de tarde
Leva a alma ao paraíso...