Alberto Afonso Landa Camargo
Raio de luar batendo na face
Nesta noite clara que se inicia...
Ilumina o quarto pela janela
E desnuda, branco, o teu seio amado...
Voa a cortina e lívido aparece
O colo virgem como a aguardar
A seta do amor que rígida e forte
Quer penetrar como raio, impaciente...
Como pássaro voando descuidado
Tira o néctar das pétalas rosadas,
Aprofunda... raso... essência do amor...
E o amor se esvai como se esvai o raio
Deixando as marcas da felicidade
No seio, no colo, no corpo enfim...