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segunda-feira, 31 de maio de 2010

LUBRICIDADE


Alberto Afonso Landa Camargo

Raio de luar batendo na face
Nesta noite clara que se inicia...
Ilumina o quarto pela janela
E desnuda, branco, o teu seio amado...

Voa a cortina e lívido aparece
O colo virgem como a aguardar
A seta do amor que rígida e forte
Quer penetrar como raio, impaciente...

Como pássaro voando descuidado
Tira o néctar das pétalas rosadas,
Aprofunda... raso... essência do amor...

E o amor se esvai como se esvai o raio
Deixando as marcas da felicidade
No seio, no colo, no corpo enfim...

terça-feira, 25 de maio de 2010

INTERROGAÇÃO


Alberto Afonso Landa Camargo

Para lá dos tempos
Continuarei a viver esperanças
Não interromperei minhas caminhadas
Nem os sonhos que criei...
Levarei a história passada
Viverei cada momento de hoje
Acenarei ao futuro,
Esta espera conhecida
Que será outra vez a história, o presente
E outro futuro a dizer
Que as marcas de hoje
Nada mais foram que a preparação
Das notas dispostas na pauta...
E ao olhar para trás lá estarão
Os sulcos dos meus passos
Quem sabe a marcar o caminho
A garantir o retorno... uma dúvida
Que não sei resolver...

domingo, 23 de maio de 2010

ETERNO


Alberto Afonso Landa Camargo

Sempre que digo teu nome
Embarga-me a mesma voz adolescente
Que um dia o pronunciou
Pela primeira vez...

Sempre que rabisco meus versos
Tremem-me as mesmas mãos adolescentes
Que para ti escreveram
O primeiro poema...

Sempre que te olho
Embaçam-me os mesmos olhos adolescentes
Que na tarde outonal te viram
Pela primeira vez...

Sempre que acaricio teu corpo
Incendeia-me o adulto
Com o mesmo amor adolescente
Do primeiro encontro...