Seguidores

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

VAGUEANDO



Alberto Afonso Landa Camargo

Campereando meu destino
Vaguei longe, mundo afora.
Fui no tempo de menino
Luzir e brilho de espora.
Acendi fogo de chão
Nas tremendas noites frias,
Aqueci meu chimarrão
Na cambona, nas coxilhas.

Enfrentando mil peleias
Campo afora, nas aguadas
Refletindo a lua cheia
Nas mais frias madrugadas...
Ouvi meus ais, meus anseios
De gozo de liberdade.
Nesses crus, grandes rodeios
Terminei a mocidade.

E vaguei, vaguei, vaguei
Pelos campos e canhadas,
Grilhões, correntes quebrei
Em rusgas encarniçadas.
Levei longe o meu grito,
Ampliei minha vontade,
Mas nem perto do infinito
Não achei a liberdade...

E vaguei, vaguei, vaguei...
Não achei a liberdade...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

DEDICATÓRIA


Alberto Afonso Landa Camargo

Estes versos dedico ao que falta
Nos meus versos...
Aos caminhos imprecisos,
Às suas dilacerações,
Contradições e espírito partido...
Dedico ao que está perdido
Nos meus sonhos,
Ao que não consigo dizer,
À ânsia que sinto
Pela palavra que não vem...
Dedico enfim
Ao que não está nos meus versos
Mas mora eternamente em minha alma...