Seguidores

sábado, 12 de setembro de 2015

TU NOS MEUS VERSOS...


Alberto Afonso Landa Camargo

Em algum tempo perdido num lugar onde não estarei
Ficarão os versos que fiz para ti...

Serei eu nas tuas mãos que trazem as flores
E te olharei como me olharás
Pelas letras que saltam de cada palavra
Para habitarem teus olhos
E se confundirem com as lágrimas
Vertidas que correm pelo teu rosto...

Serei a saudade que estará contigo...
Serás a saudade que levarei comigo...

sábado, 5 de setembro de 2015

VOZ DO SILÊNCIO



Alberto Afonso Landa Camargo

Era assim, um sussurro distante
Que acarinhava o que as mãos
Não sentiam...

Um nome repetido
Confundindo imagens perdidas
Não se descortinava...

Olhei em volta, sôfrego olhar
Disperso e em confusão
Também se perdeu...

E foi assim, preso num tempo
Esquecido a voz suave e distante
Continuou chamando...

E eu fiquei olhando em volta
Mais disperso e mais confuso
Até pairar o silêncio...

sábado, 15 de agosto de 2015

LÁGRIMAS



Alberto Afonso Landa Camargo


Lágrimas deslizam suspensas na noite,

Brilho dos olhos que a luz da rua

Reflete no tempo que se perdeu...


Chão molhado quando caíram cansadas,

Restando as pegadas, único sentido

Marcado no olhar de quem ficou...


Gotas que o sol desfez quando nasceu

E apagou os sonhos de quem, esperando,

Sofre ainda a saudade de quem partiu...

domingo, 19 de julho de 2015

TEMPO DE SAUDADE


Alberto Afonso Landa Camargo


Eu tenho uma saudade

Que se prendeu em mim,

Incompreensível na sua

Voracidade e egoísmo

E não me deixa perder

Esta vontade de voltar...


Não sei se é ela a me consumir

Ou se estou eu a detê-la

No desejo oculto

De ficar no tempo...

quarta-feira, 20 de maio de 2015

DISTÂNCIA


Alberto Afonso Landa Camargo

Se ontem pensei em ti
Hoje para mim ainda é ontem
E pouco importa se passou...

Distância se desfaz
No pensamento que volta
Para o tempo que decidimos...

Se ontem pensei em ti
Não há passado no meu tempo...

segunda-feira, 18 de maio de 2015

DUPLIX: MARILÂNDIA MARQUES ROLLO E ALBERTO AFONSO LANDA CAMARGO

    
  DES_VENTURA...................................DES_DITA

Em chão de giz....................Onde jazem sentimentos
Emudecidas pétalas............Flores murchas abandonadas
Jazem descoloridas.............Nem as lágrimas regam mais...

    Marilândia           //         Alberto Afonso

sábado, 11 de abril de 2015

CAMINHO E TEMPO


Alberto Afonso Landa Camargo

Rua, praça, caminho a dois
Pegadas redivivas nas pedras,
Lembranças das mãos presas
Na esperança de não soltarem...

Mãos separadas,
Acenos perdidos na distância...
Escada solitária
E ninguém passa por ela...

Imagens nos olhos refletidas
Que o tempo nunca esqueceu...

domingo, 5 de abril de 2015

CASTELOS


Alberto Afonso Landa Camargo

Voltei no tempo...

Cavaleiro andante
As cruzadas perdidas,
Castelos ficaram nos sonhos...

Rapunzel recolheu as tranças
E meus olhos perdidos
Fitam a torre vazia...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

VERSOS DISPERSOS



Alberto Afonso Landa Camargo

Sufoquei-me com as palavras
E calei os meus versos...

Perdi-me em tantas divagações
Que não vi o mundo à minha volta...

Quando se desprenderam as palavras
Ficaram soltas e sem rumo
Incapazes de se encontrar...

Gritei por elas, chamei-as, insistente
Até peguei algumas, prendi-as...

Mas os versos continuaram silentes,
Retidos na alma, incapazes de dizer
Tanta coisa marcada no tempo...

Sem alternativas,
Voltei a calar meus versos
No silêncio de cada palavra...