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domingo, 17 de agosto de 2014

TEUS OLHOS



Alberto Afonso Landa Camargo

Os teus olhos verdes, um mar
Ora tranquilo, ora caudaloso,
Meu porto seguro
Para habitar o paraíso...

sábado, 2 de agosto de 2014

CANTOS DE OUTONO



Alberto Afonso Landa Camargo


I
Folhas caem ao ritmo do vento,
Vento sem ritmo, quem sabe...
Vidas que secaram cobrem a terra
Sem sementes...


II
Vida sem graça,
Graça de vida,
Folhas perdidas
Valsam no ar...


III
Sentidos marcados, cheiro de terra,
Perdem-se no ar
Misturam-se às folhas
De rumos incertos...


IV
Folhas se desprendem das árvores
Sentem a liberdade...
Prendem-se a terra, liberdade perdida,
Apodrecem sozinhas e a vida renasce...


V
Espíritos perdidos,
Vento faz o caminho...
Folhas sem rumo
Encontram-se no infinito...

sexta-feira, 25 de julho de 2014

CAMINHOS


Alberto Afonso Landa Camargo

Escrevo versos sempre incompletos,
Partilho sentimentos, divido emoções
Que não são compreendidas...

Despeço-me de cada tempo vivido
Sem entendê-los...

Deixo vidas para trás
Que meus versos tampouco explicam...

Ficam pedaços que adiante farão falta
Encurtando o caminho
Nos trechos que nunca pisarei...

quarta-feira, 28 de maio de 2014

PARADOXO


Alberto Afonso Landa Camargo

O tempo não volta e a sua autoritária inclemência

Deixa-nos no rosto as marcas e o coração triste...

Mas sempre volta a fotografia, imagem eterna

Já gravada na alma e que não se desprende...

Tempo... caminho disperso, sempre em frente...

Imagem... insistente paradoxo a perpetuar a saudade...

domingo, 11 de maio de 2014

CONTINGÊNCIA

Alberto Afonso Landa Camargo

Morre-se um pouco a cada instante,
Morte lenta desde o abrir dos olhos pela vez primeira.
Tortura silenciosa de que não nos damos conta...

Um tempo que se esconde
Para um dia ter fim.