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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

VELHA SAUDADE


Alberto Afonso Landa Camargo

Sou o adulto, o velho que não se desprende
Do menino e de mãos dadas
Compartilham um só coração...
Sou o adulto, o velho que vai buscar
Nas ruas de terra as marcas
Dos pés descalços que deixaram traços
Da saudade que insiste
Em ser viva...
Sou o adulto, o velho que continuará menino
A soltar pandorgas, as mesmas que carregaram
Seus sonhos quando foram soltas
Ao vento...
Sou o adulto, o velho e o menino
Que num outono qualquer
Será pandorga também...