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domingo, 19 de setembro de 2010

INCOMPLETA


Alberto Afonso Landa Camargo

É esta ânsia incontida de dizer tantas coisas
Que me põe em choque com meu coração.
Enquanto ele exige que palavras brotem
Não as encontro...

Aspiro a tua imagem quando entra o luar
No meu quarto... parece que deslizas pelos raios lívidos
Que serpenteiam no brilho da poeira
Que joga diamantes no ar.

Brotam inspirações para descrever-te,
Parece que enfim as palavras encontro
Mas acaba ficando a ânsia de não saber dizer
E te postas incompleta.

Que desgosto ser poeta e não encontrar versos
Para descrever-te... ter-te inteira refletida no coração
Mas incompleta nas palavras que escrevo...

E continuas ausente na minha poesia...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

SENSAÇÕES


Alberto Afonso Landa Camargo

Caminhos dispersos, encruzilhada
Por onde também sem rumo transito...
Procuro sonhos perdidos na estrada,
Sabor amargo do tempo esquecido...

Desfeitos amores, vida passada,
Tantos prazeres assim consumidos
Tocam a terra deixando pegadas
Marcando a ilusão, sonhos sucumbidos...

Tantas marcas de sôfregos prazeres
Nunca esquecidos nos passos do tempo,
Ainda desfilam na tênue bruma...

Perdem-se, enfim, os sonhos ao relento,
Dispersam-se também todos os seres
E estas imagens não ficam... nenhuma...