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sábado, 30 de junho de 2012

A CURVA DO CAMINHO



Alberto Afonso landa Camargo

Os lábios dela, tão belos, tão finos,
Tão suaves no seu lento balbuciar
Das palavras, carinhos, ternos mimos
COMO preciosas pedras... soluçar...

No leito ardente ONDE TAMBÉM CAÍMOS,
Por onde sôfregos a deslizar
Tínhamos a prece Do amor e vimos
Um tudo dizer sem nada falar...

O tempo passou sem vivermos tudo,
Não enxergávamos nem a dobra amena
Que ao longe esconde o resto do caminho...

E ela saiu cedo e o fadário mudo
Soltou-nos tristes a vagar sozinhos
Na última curva de uma estrada extrema...

terça-feira, 5 de junho de 2012

SAUDADES


Alberto Afonso Landa Camargo

Confiei minhas saudades ao tempo
E ele as devolveu para mim...
Entranharam-se de tal maneira
Que não me desfaço delas
Ainda que queira...
E o tempo indiferente
Branqueou meus cabelos,
Sulcou meu rosto
E elas se amontoam
Nas minhas recordações...