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sábado, 25 de março de 2017

TEMPESTADE


Alberto Afonso Landa Camargo

Os versos dispersos
Perdidos sumiram
Na rua...

E a lua distante
Sozinha e nua
Nadava no mar...

Os olhos fecharam
E a lua vestiu-se
De preto...

A roupa molhada
Verteu-se em chuva
E caiu...

O mar revolto
Cobriu-se de névoa
E nela o poeta
Sumiu...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

SAUDADES EMOLDURADAS


Alberto Afonso Landa Camargo



Conquistei amores, perdi amores,

Emoldurei saudades num quadro

Pendurado nas paredes dos meus pensamentos...

Também desprendi saudades que nunca emoldurei,

Convertidas como aquelas em energias

Que vagam eternas no tempo...

Quem sabe estrelas cadentes,

Quem sabe o néctar das flores

Que os beija-flores sorvem,

Quem sabe um ponto luminoso

Nos céus das minhas dilacerações...

Amores vividos, alguns esquecidos

Outros guardados, energias que vagam

E se transformam também em poesia

Para deixar meus traços, letras, palavras

Que estarão eternas no tempo

Em infinitas transformações...

Serão um dia saudades

Emolduradas (ou não) nos pensamentos

De alguém...