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sexta-feira, 12 de março de 2010

A SOMBRA


Alberto Afonso Landa Camargo

Da janela embaçada vejo a lua
Clareando a solidão deste momento,
Pelas noites desfila a imagem tua
Num ondear escuro e de passo lento.

Ajudam as folhas e ajuda o vento
Acalentando livre a sombra nua
Que se sobressai neste encantamento
Em que este quadro belo continua.

No vaivém que povoa a suave brisa,
Do sereno que sai da pedra lisa
Desnuda-se também a noite clara.

O alegre saltitar do gênio errante
Cobre a lua que se vai neste instante
E eu choro o adeus da sombra que ficara.

5 comentários:

  1. Que sensibilidade Afonso.
    Tão lindo poema, encanta!
    Escrito de uma forma elaboradamente poética.
    Abraço.
    Isis

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  2. Belos versos, Afonso!
    Um bom final de semana, :)

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  3. "...E eu choro o adeus da sombra que ficara."
    Alberto,teus escritos são simplesmente DIVINOS!!!
    Em especial, ressalto "A SOMBRA".
    Beijos e carinho.
    Marilândia

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  4. Obrigada pela visita ao meu blog. É sempre uma alegria, das maiores, receber os amigos. Repito a Marilândia..."Eu choro o adeus da sombra que ficara"...Imabatível. Linda a sua escrita, bem como o seu livro que estou a ler o final. Abraços. Sua amiga Márcia.

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  5. Alberto, simplesmente recheado de sentimentos e uma profundidade em cada verso que só você é capaz de escrever! Parabéns!

    Ah, estou te presentiando com o selo "plantinha da amizade" no meu blog.... Beijos da Graciele.

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