Alberto Afonso Landa Camargo
Campereando meu destino
Vaguei longe, mundo afora.
Fui no tempo de menino
Luzir e brilho de espora.
Acendi fogo de chão
Nas tremendas noites frias,
Aqueci meu chimarrão
Na cambona, nas coxilhas.
Enfrentando mil peleias
Campo afora, nas aguadas
Refletindo a lua cheia
Nas mais frias madrugadas...
Ouvi meus ais, meus anseios
De gozo de liberdade.
Nesses crus, grandes rodeios
Terminei a mocidade.
E vaguei, vaguei, vaguei
Pelos campos e canhadas,
Grilhões, correntes quebrei
Em rusgas encarniçadas.
Levei longe o meu grito,
Ampliei minha vontade,
Mas nem perto do infinito
Não achei a liberdade...
E vaguei, vaguei, vaguei...
Não achei a liberdade...
E nas asas da poesia, meu amigo, vamos todos a vagar, voando com precisão, pelos píncaros da paixão, buscando a tão expectada liberdade, que não se mostra nem dança, enquanto somos duais, metade de nós é espírito e a outra metade matéria e enquanto assim atreladas, pelo cordão prateado, na metafísica do plano, vagando continuaremos sem encontrar essa tal de liberdade. Saudade. Abraços
ResponderExcluirApaixonei-me por seus escritos, principalmente por este que relata a nossa eterna caminhada sempre em busca de algo! Parabéns...Também adorei o seu perfil e, tens razão! Não há muito de belo a ser escrito...Abraços.
ResponderExcluir"vaguei, vaguei,
ResponderExcluirnão achei a liberdade"
belos versos... aliás, somente nos versos encontramos a liberdade!
abç
Betha