Alberto Afonso Landa Camargo
Trago-te flores a enfeitar o leito,
Correm lágrimas que choramos juntos
Desde quando as faces, ausentes de rugas,
Abriam-se em riso e amando-se em beijos.
Ardendo em prantos a bater no peito
Deixo meu coração chorar contigo
E fica o meu amor nunca desfeito
Trocado pelo teu que vai comigo.
Silêncio... a tua voz não mais escuto,
O tocar da tua mão eu não mais sinto
Mas fica a imagem do teu suave corpo.
Sinto no ar o aroma das tuas mãos,
Deito o meu rosto a acariciar o teu
Para reunir-me a ti no infinito.
A saudade do amor que se vai... o encontro, o reencontro imaginário. Um poema muito bem construído pela dor ( a que se sente, ou simplesmente a da poesia )!
ResponderExcluirabçs
Betha
Olá Alberto,
ResponderExcluirBonito soneto. A saudade trespassa-lhe a alma, pela ausência do ser amado. Florbela Espanca, poeta portuguesa, tem sonetos semelhantes aos seus.
Poste mais prosa e poesia, porque quem não aparece, esquece.
Abraço de luz.