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sábado, 11 de fevereiro de 2012

O POETA ESQUECIDO


Alberto Afonso Landa Camargo

O poeta cantava
Seus sonhos dispersos,
Dizia dos seus amores
Vagava pelo infinito
Evaporava sentimentos
Guardava no coração
Cada gota que recolhia
Nas manhãs da esperança...

O poeta envelheceu,
Continuou a colher sentimentos
Embalados pelos sonhos...
Só as mãos trêmulas
Mudaram o rumo da pena
E se transformaram em ondas
No mar ondulante
Das suas dilacerações...

Ah... E as folhas dançando
Pelo rumo incerto
No balanço do tempo
Que ditava o tremor das mãos,
Como elas agora descansam
No outono da minha saudade...

Quanta saudade! Faço estes versos
numa homenagem ao meu querido Vô Alberto.
Como ele, tenho esta mania de rabiscar versos...
Vô! Te amo!...

Um comentário:

  1. Olá meu querido amigo e poeta Alberto,

    Essa veia, essa maneira de escrever já vem de trás, de seu avô.
    Agora, entendo tudo. É genético, tanto talento.
    Que bonito poema dedicou a seu estimado avô!
    Os poetas só envelhecem, fisicamente, porque a alma, a sua, essa permanece com a beleza e a leveza dos vinte anos.

    Bom fim de semana.
    Tinha saudades de você.
    Beijos de luz.

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