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sábado, 2 de agosto de 2014

CANTOS DE OUTONO



Alberto Afonso Landa Camargo


I
Folhas caem ao ritmo do vento,
Vento sem ritmo, quem sabe...
Vidas que secaram cobrem a terra
Sem sementes...


II
Vida sem graça,
Graça de vida,
Folhas perdidas
Valsam no ar...


III
Sentidos marcados, cheiro de terra,
Perdem-se no ar
Misturam-se às folhas
De rumos incertos...


IV
Folhas se desprendem das árvores
Sentem a liberdade...
Prendem-se a terra, liberdade perdida,
Apodrecem sozinhas e a vida renasce...


V
Espíritos perdidos,
Vento faz o caminho...
Folhas sem rumo
Encontram-se no infinito...

Um comentário:

  1. Outono estação das reflexões!
    Momento em que natureza veste-se de cores diferenciadas,
    o vento apresenta-se como, elo libertador...
    Na verdade o veículo para o sepultamento.
    Amei a poesia,

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