Alberto Afonso Landa Camargo
Fiz de relíquias
Enfeites para o meu coração.
Pulsaram sonhos, matéria
Com formas, jóias
De prazer que os
Olhos admiraram...
Brilho intenso
Nas noites de festins e a troca
De amores fúteis,
Vãs professias nas cartas
Escritas só pelas mãos...
Vieram os anos,
Gastaram-se as relíquias
Que perderam o brilho,
Espatifadas no chão
Mais infecto
Dos meus sonhos...
Foram-se os prazeres,
Não pela minha vontade,
Mas porque faltaram
As atrizes dos festins
Que riram de mim
E dos meus cantos...
Fiquei sozinho
Sem partilhar as saudades,
Só elas, que movem
Meus sonhos esquecidos
E que só vivem
Em minhas divagações...
Lindos versos de saudades
ResponderExcluirmostram os rumos da vida
os rumos e as rimas(sem rimas)
e nem precisa...
abç
Betha
Como sempre, lindo, em cantata da saudade doída, dos momentos em relíquia depurados e presos à retina da alma, mais que presos ao planetinha,em seu solo muitas vezes infecto. Abraços e aplausos, sempre.
ResponderExcluirTão bom ler poemas escritos com simplicidade e amestria! A nobre poesia que nunca cairá em lugar-comum.
ResponderExcluirAbraços.