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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

RELÍQUIAS E SONHOS


Alberto Afonso Landa Camargo

Fiz de relíquias
Enfeites para o meu coração.
Pulsaram sonhos, matéria
Com formas, jóias
De prazer que os
Olhos admiraram...
Brilho intenso
Nas noites de festins e a troca
De amores fúteis,
Vãs professias nas cartas
Escritas só pelas mãos...

Vieram os anos,
Gastaram-se as relíquias
Que perderam o brilho,
Espatifadas no chão
Mais infecto
Dos meus sonhos...
Foram-se os prazeres,
Não pela minha vontade,
Mas porque faltaram
As atrizes dos festins
Que riram de mim
E dos meus cantos...

Fiquei sozinho
Sem partilhar as saudades,
Só elas, que movem
Meus sonhos esquecidos
E que só vivem
Em minhas divagações...

3 comentários:

  1. Lindos versos de saudades
    mostram os rumos da vida
    os rumos e as rimas(sem rimas)
    e nem precisa...

    abç

    Betha

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  2. Como sempre, lindo, em cantata da saudade doída, dos momentos em relíquia depurados e presos à retina da alma, mais que presos ao planetinha,em seu solo muitas vezes infecto. Abraços e aplausos, sempre.

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  3. Tão bom ler poemas escritos com simplicidade e amestria! A nobre poesia que nunca cairá em lugar-comum.

    Abraços.

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